O orgulho aqui de casa 🌿
O período de festas eu sempre passo na casa dos meus pais na baixada santista, e fico longe aqui da capital por mais ou menos umas 3 semanas. Por isso que, sempre que volto para minha casa, depois do ano novo, tenho esse sentimento de recomeço. Como se tivesse deixado o ano anterior no litoral, e como se o ano novo estivesse começando só agora que voltei para minha casa, que desfiz minhas malas, que me joguei em minha cama.
Cheguei na minha casa dia 02 de Janeiro. Apartamento fechado, com aquele ar de virada de ano ainda pesando o ambiente. A primeira coisa que me aconteceu foi levar uma bronca do meu gato, que começou a miar para mim quase que dizendo “como você se atreve ficar tanto tempo longe de casa!”.
Depois de pegar ele no colo e acalma-lo, eu jogo as malas no chão e vou abrir todas as janelas para dar um ar no lugar.
Dia 02 é domingo, e domingo é dia de faxina. Ainda mais o primeiro domingo do ano. Eu ligo minha televisão e coloco no volume máximo uma playlist do Spotify, começo os trabalhos de limpeza. É um dia ensolarado de verão, o vento está soprando, o céu está azul. Nem parece São Paulo. Dá até para ouvir os pássaros cantar na Praça da República e no Largo do Arouche.
Malas desfeitas. Roupas guardadas. As sujas foram para maquina as limpas de volta para o guarda-roupa. Passo uma vassoura no chão, quero esse lugar brilhando, quero toda essa inhaca de 2021 fora daqui.
Ascendo um incenso de lavanda, perfumo meu quarto e os corredores, sopro canela da porta para dentro. Faxina está quase pronta e não são nem meio-dia ainda.
Eu olho para minha area de serviço, o sol batendo forte, eu sempre quis trazer meu jardim para esse local. Atualmente minhas plantas estão todas enfornadas no meu quarto. Levo todas minhas plantinhas para lá, para pegar um sol.
🌿 2 vasos com espadas de São Jorge
🌿 2 Jiboias
🌿 1 Lírio
🌿 1 Samambaia.
É pouco, mas é o que eu tenho no momento. Olhei as plantas ali e sorri. Plantas são sinal de vida, essa cidade é tão cinza, tão cheia de concreto, precisa de mais verde. Vida também brota do asfalto.
Fiquei satisfeito, mas senti que estava faltando alguma coisa. Eu deitei em minha cama e abri meu Instagram. Muitas pessoas ficaram na praia, muitas saindo pela cidade. Eu que não vou ficar aqui dentro não, logo menos vou sair também. Quando atualizo o feed me aparece o post de um lugar que sigo faz um tempo e sempre tive vontade de conhecer. Uma floricultura chamada Existe Flor em SP. Eu entro no perfil e vejo todos os arranjos, os mais bonitos que eu já vi. Percebo que eles estão abertos, então tomo banho, me troco e vou conhece-los. Fica embaixo do Copan, naquelas galeriazinhas, 30min a pé daqui de casa.
De cara ao entrar na loja eu vejo uma Peperômia, grande, de mais de 1m de comprimento. Foi ela mesma. Eu Levo ela para casa, e ela se torna a mais nova adição ao meu jardim.
A peperômia é uma planta de super baixa manutenção. Regar 2 vezes a semana, isso quando o tempo está muito seco, se o tempo estiver húmido esse numero cai para um vez a semana. Precisa de um lugar que bata luz indireta. A saúde dela fica bem aparente através das folhas, que dizem se ela precisa de agua, de sol ou de sombra.
Para auxiliar o crescimento é preciso adubar somente 1 vez a cada 3 meses. A poda é feita com pouca regularidade, necessitando retirar as folhas secas sempre que aparecem
No mais, esse é o orgulho aqui do jardim de casa. Tem uns 3 meses que ela apareceu e se tornou a maior planta e que chama mais atenção. Um belo presente de mim para mim mesmo no inicio do ano 💚
